Alan dos Santos Silva: um bom exemplo para 2011

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Cultura
Alan dos Santos Silva: 12 anos dedicados a arteCom a chegada do novo ano, a temporada de promessas para mudar a vida está aberta. Mas ninguém duvida que é preciso muita força de vontade para transformar planos em realidade. Nesse sentido, o jovem Alan dos Santos Silva, 25 anos, é um bom exemplo de determinação a ser seguido em 2011.
Em 1998 ele conheceu, no bairro do Jacintinho, o projeto Sua Majestade O Circo e decidiu incluir a arte na sua vida. Doze anos depois, Alan é mestre em várias modalidades como malabares, corda e trapézio. O circo também o levou ao desenho, artes plásticas e esculturas de papel.
E tem mais: nos últimos anos se transformou em professor para os mais jovens e o braço direito da coordenadora Peró de Andrade nas questões burocráticas do projeto que hoje funciona na entrada do antigo lixão de Maceió e atende quase 300 crianças e adolescentes de família de baixa renda.
Para vencer os obstáculos e não desistir da vida artística, Alan enumera uma série de substantivos femininos: coragem para vencer preconceitos; determinação para não desistir; e paixão pelo ofício circense.
“Até hoje muita gente diz que arte é para os ricos e não garante o futuro de ninguém. Respondo sempre dizendo que a arte é a minha não vida e não uma questão de escolha”, diz Alan, que trabalha de garçom quando não está executando suas funções no Sua Majestade O Circo.
Cirque du Soleil
A evolução artística de Alan é acompanhada de perto e com orgulho pela elétrica Peró de Andrade, que não poupa elogio às virtudes do discípulo mais antigo do projeto: “Ele é um exemplo de honestidade, caráter, dignidade, determinação e carinho com nossas crianças. Elas o adoram, como pessoa e como professor. É um presente que Deus colocou em nossas vidas”.
De acordo com ela, o entusiasmo e a organização de Alan são sempre decisivos nas horas mais difíceis do projeto, como nas viagens para aprender com o Cirque du Soleil. Ele ajudou na logística da empreitada e orientou os mais jovens nas oficinas.
“Foram experiências inesquecíveis aprender com os artistas de circo mais famosos do mundo. Eles nos ensinaram muito. A principal lição foi não desistir nunca dos nossos sonhos; ir sempre em frente apesar de todas as dificuldades. É o que veio fazendo nos últimos 12 anos”, garante Alan.
E continua: “Eu sou um exemplo disso: quem imaginava que crianças pobres de Maceió iriam não só assistir ao Cirque du Soleil, mas conversar a aprender com eles. E no Ano Novo iremos continuar insistindo na arte”.