1. OBJ ETIVOS GERAIS:
· Contribuir para a plena formação do desenvolvimento da pessoa humana.
· Compreender a cidadania ativa como participação na vida social, econômica, política e cultural da sociedade e formar o/a educando/a com base nos princípios da solidariedade, da ética, da justiça social e da democracia, para o exercício dos direitos e deveres políticos, civis e sociais.
· Interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes instituições.
· Contribuir com o poder público na diminuição do índice de crianças em estado de risco através da arte-educação.
2. OBJ ETIVOS ESPECÍFICOS:
- Prover as condições necessárias para possibilitar a reinserção familiar e comunitária das crianças, adolescentes e dos jovens;
- Construir, coletivamente, regras claras de convivência social que favoreçam uma vivência cidadã;
- Desenvolver um processo de formação continuada, fundamentado num conjunto de ações dialógicas, participativas, contextualizadas, democráticas, críticas e criativas, voltadas para a construção de um projeto de vida;
- Comprometer os alunos com princípios éticos de convivência social;
- Favorecer o desenvolvimento da auto-estima, o resgate dos laços afetivos familiares;
- Integrar ações de arte, cultura, esporte, lazer e espiritualidade no desenvolvimento da ação educativa;
3. PRINCÍPIOS NORTEADORES
Conhecimento, Respeito, Ética.
Toda e qualquer proposta pedagógica voltada para o segmento infanto-juvenil deve ser clara e coesa, visando proporcionar às crianças e adolescentes a oportunidade de adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes, estimulando a sociabilidade e criatividade.
As atividades oferecidas devem estimular o desenvolvimento da autonomia, da tomada de decisões e da construção de relações objetivas, saudáveis, compreendendo a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e seres em pleno desenvolvimento.
Portanto, a proposta pedagógica em curso está pautada nos Códigos da Modernidade defendida por Bernardo Toro, que identifica as sete competências mínimas para a participação produtiva no século XXI. São elas as seguintes:
3.1 – Domínio
Da leitura e da escrita.
As crianças e adolescentes deverão saber comunicar-se usando palavras, números e imagens para participar ativa e produtivamente da vida social.
3.2 – Capacidade
De fazer cálculos e de resolver problemas na vida social é necessário dar solução positiva aos problemas e às crises. Logo, resolver problemas é tomar decisões fundamentadas em todos os domínios da existência Humana.
3.3 - Capacidade
De analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações.
Na sociedade moderna, é fundamental que crianças e adolescentes possam descrever, analisar, comparar e, assim, expor o próprio pensamento oralmente ou por escrito.
3.4 – Capacidade
De compreender e atuar em seu entorno social.
A construção de uma sociedade democrática e produtiva requer que crianças e adolescentes recebam informações e formação que lhe permitam atuar como cidadãos. Exercer a cidadania significa ser capaz de organizar-se para defender seus interesses e solucionar problemas, através do diálogo e da negociação, respeitando as regras, leis e normas estabelecidas e atuar para fazer do Brasil um estado social de direito, isto é, trabalhar para fazer possíveis, para todos, os direitos humanos.
3.5 - Receber
Criticamente os meios de comunicação
Todas as crianças, adolescentes e educadores devem aprender a interagir com as
diversas linguagens expressivas dos meios de comunicação para que possam criar formas novas de pensar, sentir e atuar no convívio democrático.
3.6 - Capacidade
Para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada.
Descrever, sistematizar e difundir conhecimentos será fundamental. Crianças e
Adolescentes devem aprender a manejar a informação.
3.7 - Capacidade
De planejar, trabalhar e decidir em grupo.
Saber associar-se, trabalhar e produzir em equipe, coordenar saberes estratégicos para a produtividade e fundamentais para a democracia.
Mais do que acumular conhecimentos, o sentido da palavra competência aqui descrito.
4. APRENDER A CONHECER
Este é um pressuposto fundamental em todo trabalho social, sendo a escuta a porta de entrada para as ações seguintes. Portanto, torna-se de grande relevância planejar momentos e espaços para que crianças e adolescentes sejam ouvidos para melhor conhecimento da sua história e compreensão do mundo que os circunda.
4.1 - APENDER A FAZER
Esta dimensão volta se para o estímulo no educando da capacidade de comunicar se, interagir com o outro e resolver conflitos.
4.2 - APRENDER A SER
A aprendizagem começa com o nascimento.
Isto implica cuidados básicos e educação inicial na infância. Entretanto, nem todos têm oportunidade de aprendê- los no cotidiano e, justamente por isso, torna-se essencial estimular nas crianças e adolescentes a convivência com as diferenças, a comunicação, o zelo pela saúde, meio ambiente e saber social.
Os princípios aqui pautados devem ser compartilhados de maneira construtiva e
solidária pelos atores que constituem o sistema de garantias, sobre o qual se assenta o paradigma da convivência familiar e comunitária.
5. METODOLOGIA
1. O trabalho com a família
3. As atividades complementares
5. 1- O TRABALHO COM A FAMÍLIA
A família é o primeiro espaço de referência, proteção e socialização dos indivíduos, independentemente das múltiplas formas e desenhos com que se apresenta atualmente. A legislação brasileira deixa clara a importância de assegurar à criança o direito à convivência familiar e comunitária.
Diversas ações mostram que há várias possibilidades e maneiras de atuar junto às
famílias das crianças e adolescentes atendidos. Começando pela conquista de sua confiança, pela sua participação efetiva em decisões, até seu envolvimento em atividades específicas para os pais através de visitas domiciliares, reuniões sistemáticas, oficinas de crescimento, atendimento psicossocial individual e/ou grupal.
O envolvimento e a participação da família nos trabalhos realizados contribui para que se conheça e compreenda melhor a criança atendida, auxiliando na construção de soluções mais adequadas conforme o caso requer.
5.2 - A CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA CIRCENSE
Embora seja de responsabilidade do poder público o atendimento à criança e ao
adolescente, numa sociedade democrática, o atendimento previsto pelo ECA não deve ser encarado apenas como prestação de serviço público, mas como compromisso assumido por toda a sociedade. É interessante identificar lideranças comunitárias, serviços da comunidade, voluntários, entre outras ações
que possam interagir com o trabalho educativo do projeto, além da inserção das crianças na escola formal.
5.3 - AS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Toda proposta pedagógica que pretende estimular a convivência familiar e comunitária deve preocupar-se em desenvolver tanto habilidades quanto valores, evitando uma visão fragmentada dos aspectos cognitivos, afetivos e morais. Nesse sentido é imprescindível a utilização de instrumentos como o acompanhamento escolar, inclusive com atividades de reforço, a realização de atividades recreativas, artísticas e o atendimento psicossocial individual e grupal.
6. AV A L IAÇ ÃO
O processo de avaliação da Proposta Pedagógica será contínuo e sistemático,
Envolvendo a participação de todos, inclusive os assistidos. Para assegurar o acompanhamento e fortalecimento das ações desenvolvidas, definiu-se
com indicadores:
6.1 - Tempo de permanência da criança/adolescente no projeto
6.2 - Qualidade dos vínculos familiares e comunitários de cada criança/ adolescente/jovens.
Número de crianças/adolescentes/jovens com vínculo familiar.
Número de crianças/adolescentes /jovens.
6.3 – Medidas de superação da problemática falta de aula no ensino regular ou mesmo reprovação escolar.
Quero parabenizar sua proposta pedagógica. Estou conhecendo de perto e vejo que o futuro das nossas crianças está nesse direção que sua Majestade o Circo desenvolve. Continuem assim com esse espírito de liberdade, harmônia, paz, amizade e dedicação aos mais necessitados.
ResponderExcluirAfetos.
Ricardo Maciel - coordenador pedagógico.